sexta-feira, 4 de abril de 2014

DEPEN divulga dados da População Carcerária Brasileira dos anos 1990 a 2012

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) divulgou os dados da população carcerária brasileira referentes ao primeiro semestre de 2012. A consolidação destas informações é feita a partir do lançamento dos números de cada uma das unidades da federação no Sistema Nacional de Informação Penitenciária (InfoPen), as quais são responsáveis pelas informações prestadas.

Este sistema, inaugurado em 16 de setembro de 2004, foi desenvolvido pelo Governo Federal e é disponibilizado aos Estados, que por meio de suas secretarias gestoras da pasta penitenciária, lançam as informações sobre os presos administrados.

A População carcerária atual é de 549 mil; há 20 anos, eram 114 mil presos. Levantamento mostra que há 280 detentos para cada 100 mil habitantes. As penitenciárias brasileiras se transformaram em verdadeiros depósitos humanos. Superlotação, violência e doenças são alguns itens que marcam o Sistema Prisional no Brasil, descaracterizando assim o verdadeiro sentido para o qual foi criado. Dados colhidos do DEPEN mostram a situação atual do Sistema Penitenciário Brasileiro.



Levantamento feito pelo Instituto Avante Brasil, com dados do InfoPen, do Ministério da Justiça, apontou um crescimento da população carcerária nos últimos 23 anos (1990 - 2012*): 511%. Crescimento população carcerária nos últimos 10 anos* (2003 - 2012*): 78%. E um crescimento de 30 % na População Nacional no mesmo período. Taxa de 288,14 presos/100 mil habitantes. A População Carcerária sextuplicou (6,1x), enquanto a População Nacional aumentou quase um 1/3. 


Em 2012 a taxa de presos foi 288,14 por 100 mil habitantes, considerando a população de 193.946.886 habitantes estimada pelo IBGE para 2012.


O crescimento da população carcerária foi muito maior, por exemplo, que a taxa de crescimento da população nacional, que chegou a 31%. Ou seja, enquanto a população cresceu 1/3, a população carcerária mais que sextuplicou.

Entre 2002 e 2003 houve um crescimento importante na população carcerária, de 28,8% (68.959 em número absoluto). 

Outra taxa que continuou em ascensão em 2012 foi o número de presos provisórios. O número de presos provisórios cresceu 1.334% entre 1990 e 2012. O número de presos condenados cresceu 330% no mesmo período. O número de presos provisórios cresceu 14x, enquanto o de presos condenados aumentaram apenas 4 x. Do total 42% dos presos estão em situação provisória.


Muito inferior ao crescimento da população carcerária foi o crescimento no número de vagas no sistema penitenciário no mesmo período. Embora o nº de vagas tenha tido um aumento em números absolutos, a diferença percentual entre presos/vagas continua constante.
Na média dos anos considerados, temos 64% mais presos do que vagas. Entretanto, considerando apenas o último ano de 2012*, tem-se um percentual de 78%.
Tem-se então:
309.074 vagas
549.577 presos

240.503 déficit em vagas


Têm-se então uma taxa de ocupação de 1,76 presos por vaga no ano de 2012, ou seja, quase 2 presos por vaga.

Relatório do Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária (GTDA) da Organização das Nações Unidas (ONU), que visitou o Brasil em março de 2013, atesta que o uso excessivo da prisão é uma das principais causas da superpopulação carcerária do país. Segundo o documento, isso ocorre em função da baixa aplicação, pelo Poder Judiciário, de medidas cautelares substitutivas à prisão, previstas na Lei 12.403, em vigor desde julho de 2011.


A População Carcerária Masculina cresceu 130% entre 2000 e 2012.  A População Carcerária feminina cresceu 256% No mesmo período. Enquanto a população carcerária masculina mais que dobrou a feminina mais que TRIPLICOU nesse período. No ano 2000 eram 10.112 mulheres presas e em 2012 o número saltou para 36.039






Em 2012, o sistema penitenciário brasileiro manteve o mesmo perfil de presos que nos anos anteriores. No que diz respeito à raça, cor ou etnia, os pardos eram, em 2012, maioria no sistema penitenciário com 43,7% de presença nas prisões brasileiras. Os de cor branca 35,7%, os negros 17%, a raça amarela 0,5% e os indígenas 0,2%. Outras raças e etnias apontaram 2,9% de presença. Segundo o próprio relatório do InfoPen, há um erro de cálculo nessa estática, registrando uma inconsistência de 28 mil pessoas no valor automático.



O estado mais encarcerador do Brasil é o Acre, já que possui uma taxa de 521 presos por 100 mil habitantes.

Os TOP 5 estados com maior população carcerária por 100 mil habitantes são:
Acre (521)
Rondônia (516)
Mato Grosso do Sul (499)
São Paulo (463)

Distrito Federal (447)


Estima-se que 10,2 milhões de pessoas estejam presas, em todo o mundo. EUA, China, Rússia e Brasil têm as maiores populações carcerárias do mundo, o correspondente a 51% do total.
Os dados da lista do Centro Internacional de Estudos Prisionais foram solicitados aos órgãos responsáveis pela administração penitenciária de cada país e referentes ao período entre setembro de 2011 e setembro de 2013. 



Fontes de Pesquisa: DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional - Ministério da Justiça) IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) ONU (Organização das Nações Unidas)
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Trabalho Acadêmico da Disciplina de Informática Aplicada à Comunicação. Discente: Carina Menezes, Pryscila Thays. Curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal do Acre. 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Um Novo Dia


Vinicius de Moraes

Um novo dia vem nascendo

Um novo sol já vai raiar
Parece a vida, rompendo em luz
E que nos convida a amar

Oh, meu irmão, não desespera
Espera a luz acontecer
Para que a vida renasça em paz
Nesse novo amanhecer

Surgem as abelhas em zoeira a sugar o mel das flores gentis
Param as ovelhas pelo monte, a recordar os horizontes felizes
Vindo à distância cantam galos em longínquos intervalos de sons
Pombos revoando, vão uivando, vão passando nestes céus tão azuis

Ah, quanta cor e luz!

E o movimento vai crescendo
Vai aumentando em amplidão
Parece a vida pulsar no ar
O bater de um coração

Sobem pregões vindos da praça
Começa o povo a aparecer

Quem quer comprar neste novo dia
A alegria de viver?

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A fêmea e a arte de pedir gostoso


Atendendo a um pedido especial de uma musa do bairro, resgato uma crônica sobre um dos atos mais bonitos de uma mulher:
Uma das maiores virtudes de uma fêmea é arte de pedir.
Como elas pedem gostoso.
Como elas são boas nisso.
Resistir, quem há de?
Um simples “posso pegar essa cadeira, moço?” vira um épico, como a cena que serviu de espoleta para esta crônica.
É o jeito de pedir, o ritmo safado da interrogação, a certeza de um “sim” estampado na covinha do sorriso.
Quantos segredos se escondem na covinha de uma mulher.
Pede que eu dou.
Pede todas as joias da Tiffany´s, minha bonequinha de luxo!
Estou pedindo: pede!
Eu imploro, eu lhe peço todos os seus pedidos mais difíceis.
Não me pede nada simples, faz favor.
Já que vai pedir, que peça alto. Você merece.
Como é lindo uma mulher pedindo o impossível, o que não está ao alcance, o que não está dentro das nossas posses.
Podemos não ter onde cair morto, mas damos um jeito, um truque, um cheque sem fundos.
Até aqueles pedidos silenciosos, quando amarra a fitinha do Senhor do Bonfim ou de Nossa Senhora do Carmo no braço, são lindamente barulhentos.
Homem que é homem vira o gênio da lâmpada diante de uma mulher que pede o impossível.
Ah, quero o batom vermelho dos teus pedidos mais obscenos.
Quero o gloss. renovado de todas as vezes que me pede para fazer um pedido, assim, quase sussurrando no ouvido: “Amor, posso te pedir uma coisa? Posso mesmo?”.
Um castelo na Inglaterra?
Sim, eu dou na hora.
Que o Íbis seja campeão este ano?
Sim, eu opero o milagre.
Como no para-choque, o que você pede chorando que não faço sorrindo?!
Pede benzinho, pede tudo.
Que eu largue a orgia pare de beber e me regenere?
Pede, minha nega, que o amor tudo pode, por ti cumpro as promessas de todos os sambas de regeneração.
Que eu suba na pedreira Paulo Leminski e declame os mais lindos poemas de amor verdadeiro?
Só se for agora, estou indo.
Os melhores cremes da Lancôme? Vou a Paris agora, nem que seja a nado.
Eu lhe peço, me pede.
Não pede mimos baratos…
Pede ATENÇÃO!!!, Essa mercadoria tão cara nos dias que correm.


Por: xicosa
 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

E eu, Fico como?

Então é assim? Você diz que vai embora e pronto! E eu hein, Fico como? Aposto como não pensou nisto, como sempre estou em segundo plano. Mas Beleza! A vida tem dessas coisas mesmo, é cheia de encontros e desencontros. Quem sabe nossos destinos não se cruzam novamente em alguma outra etapa de nossas vidas. Mas, mesmo que isso não aconteça vou te guardar para sempre dentro de mim. E quando sentir saudades te procurarei em minhas lembranças. E cá pra nós, eu vou morrer de saudades!


By: Carina Menezes

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mundo dos Sonhos

Quero um mundo onde o nada pode ser tudo, e o tudo não signifique nada.
Onde o que vale é o que a pessoa é, e não o que ela possui.
Onde as leis sejam a solidariedade e o respeito ao próximo acima de tudo.
Onde o homem valorize mais a si mesmo do que ao poder.
Onde o poder de quem lidera não signifique nada diante de quem é liderado.
Onde a liderança não seja conquistada com subornos mas, pelo coração de um homem digno.
Onde o amor e a paz sejam as armas únicas e mais poderosas para vencer qualquer guerra.
Onde reine o amor absoluto e a solidariedade a todos os homens sem extinção de raça ou cor.
Que este mundo, que existe no coração de um sonhador, possa um dia ser real!



By Carina Menezes

sexta-feira, 29 de junho de 2012

É Amor!


“Não foi planejado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar todas as dores e lágrimas como se fossem suas. A vontade e o desejo vieram depois, bem depois. Não foi um lance de corpo, foi um lance de alma. Não foi o jeito de escrever, ou de se vestir. Foram as palavras. Uma saudade e uma urgência daquilo que nunca se teve, mas era como se já tivesse tido antes. Foi amor. É amor.”

Era Por isso...




“Era por isso que eu gostava daqueles abraços, os mais apertados. Porque era ali… Era ali que eu encontrava tudo de mais sincero e bonito. Porque era ali que eu encontrava carinho… Porque era ali que eu encontrava segurança.”